4 de mar. de 2009

Conclusão

A descentralização administrativa, que teve ser entendida como a transferência de responsabilidades da União para os municípios, fez com que a teoria do desenvolvimento local ou endógeno ganhasse destaque. Essa teoria defende que o desenvolvimento deve ser pensado do próprio local, ou melhor, os sujeitos devem ser os próprios municípios.
Desta forma, os municípios, e especificadamente Vitória da Conquista, têm desenvolvido políticas para impulsionar o desenvolvimento local. Uma das formas utilizadas é incentivar as micros e pequenas empresas como se elas fossem adequada para desenquadear o desenvolvimento local.
No entanto, como vimos, as micros e pequenas empresas não respondem com quantidade e qualidade de empregos a toda atenção que o setor público tem direcionado a elas. Tais estabelecimentos, apesar de corresponderem à 98% do número de empreendimentos, só têm 44,61% dos empregos do município.
Também, as micros e pequenas empresas, são os estabelecimentos que têm a maior parte dos seus funcionários com remuneração inferior a 2 SM, e a menor parte dos empregados com salários acima de 10 SM.
Os dados mostraram, também, que são nas micros e pequenas empresas onde ocorrem a maior rotatividade de trabalhadores, pois nelas só cerca de 15% dos funcionários têm mais de cinco anos de vínculo empregatício.
Quanto ao grau de instrução dos trabalhadores demandados, as micros e pequenas empresas estão em um situação pior que as grandes. Nos estabelecimentos de 0 a 4 funcionários estão o maior percentual de analfabetos, 2,3%, e menor percentual de trabalhadores com nível superior, 2,14. Enquanto nas empresas grandes estão o menor percentual de analfabetos e o maior percentual de trabalhadores com nível superior.
Deste modo, as micros e pequenas empresas, comparativamente às medias e grandes, não fazem jus a tamanha atenção que o município vem direcionando para elas e também não parecer ser as mais indicadas para impulsionar o desenvolvimento local.

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